sexta-feira, 14 de julho de 2017

A lenda sobre o desempenho de cotistas nas universidades brasileiras

Existe uma lenda disseminada pela mídia de viés esquerdista de que alunos cotistas tem desempenho superior aos não cotistas na maior parte dos cursos, por que "se agarram com mais afinco à unica oportunidade que tiveram na vida".
Na realidade, o que os dados demonstram, em um estudo realmente sério sobre o desempenho de alunos na Universidade que implementou as cotas pela primeira vez, é que o CR dos não-cotistas é maior que o dos cotistas na maior parte dos cursos. A situação se agrava terrivelmente nos cursos considerados difíceis.
O ponto aqui não é criticar o princípio supostamente bonito por trás da política de cotas, mas mostrar que ela poderá ter consequências ruins para a sociedade como um todo e sobretudo para o sistema de ensino superior público.
Com desempenho sistematicamente inferior, a sociedade pode começar a desenvolver preconceito contra profissionais cotistas. Além disso, pode haver uma migração das classes abastadas e melhor educadas em nível básico para as instituições particulares, fortalecendo-as e diminuindo o prestígio das Universidades Públicas.
A melhor solução para o problema da desigualdade de oportunidades seria a melhoria da Educação Básica, acompanhada de uma política de apoio a alunos de baixa renda, sem distinção racial.
A política de cotas pode favorecer um cenário futuro com muitas Universidades particulares de ponta e prestigiadas, acompanhado de uma piora geral nas Universidades públicas.

Link para o trabalho citado: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v22n82/a03v22n82.pdf